· 3º Anjos caidos e a corrupção na Terra
Gn
6.1-4
“Como se foram multiplicando
os homens na Terra, e lhes nasceram filhas; vendo os filhos de Deus que as
filhas dos Homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas,
mais lhes agradaram. Então disse o Senhor: O Meu Espírito não agirá para sempre
no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão 120 anos. Ora, naquele tempo
havia Gigantes
na Terra; e também
depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes
deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na Antiguidade".
Fica patente uma
distinção de termos aqui: "Filhos de Deus" e "Filhas dos
Homens". São coisas diferentes, para determinar indivíduos diferentes.
Logo no começo do texto, se diz que "os homens se foram multiplicando na
Terra...". Aí, o termo empregado para designar o ser
humano, puro e simplesmente "Homem".
E os homens tiveram
filhos e filhas, conforme o previsto, tanto é que a palavra usada para nomear
uma mulher era "Filha do Homem". Mas aí entra em cena uma segunda
categoria de personagem designada pelo termo "Filhos de Deus". Não se
trata do ser humano, como já vimos, pois a palavra usada para designá-lo, desde
o início do Gênesis, é "Homem" e "Mulher" e, depois,
"Filho ou Filha do Homem". Quem são, então, os filhos de Deus de que
fala o texto?
Deus havia abençoado a
união entre homem e mulher, e dito a eles que fossem fecundos e se
multiplicassem. Contudo, os filhos que nasceram dos filhos de Deus com as
filhas dos Homens foram do inteiro desagrado de Deus.
Por quê? Será que foi
porque foram filhos concebidos fora do Matrimônio que Deus instituíra? Pois o
texto diz que os filhos de Deus "tomaram para si mulheres". Uma
mulher cada um? Várias? Será este o problema? A gota d'água depois de tantas e
tantas perversidades?! A gota que transbordou o Cálice da Iniquidade?
Mas bem antes de o
texto afirmar que nasceram filhos daquelas relações, Deus se pronuncia dizendo
que "o homem é carnal, que Seu Espírito não agirá sempre no homem e que
seus dias serão de 120 anos". Veja bem... o Senhor fala do homem, reprova a conduta do homem e amaldiçoa o homem. Não diz nada sobre os filhos
de Deus.
Os "filhos de Deus",
conforme veremos a seguir, são os anjos caídos. Não havia porque julgá-los, ou
amaldiçoá-los, uma vez que isso já tinha sido feito. A queda de Satanás e o
julgamento dos anjos que o seguiram aconteceu antes da Criação.
Segundo uma tradução
antiga (a Septuaginta), mais fidedigna, quando Deus diz em Gn 6.3 que "Seu
Espírito não agirá para sempre no homem", está escrito: "Não deixarei
o meu Espírito permanecer no homem".
Se este é o sentido
correto, o texto então sugere que, ao retirar do homem o Seu Espírito, a vida
deste se acaba. Ele morre. Isso concorda melhor com o contexto do Juízo e do
Dilúvio que Deus traria sobre a Terra. Também com o fato de Gn 6.3 dizer que o
homem é carnal; quer dizer, mortal. Pois antes não o era, foi somente por causa
do pecado que se tornou mortal.
Alguns acreditam que
120 anos se refere apenas ao período que Deus levaria para exercer o Seu Juízo
e destruir toda aquela Geração pecaminosa.
Mas eu creio que essa interpretação não é correta, e
que a maldição acarretada pelas relações entre seres humanos e Demônios foi
muito mais profunda.
Aquilo era tão completamente
abominável que,
mesmo depois de destruir aquela geração, ainda assim a Raça Humana teria seu
período de vida bastante encurtado.
Antes de irmos adiante,
vamos esclarecer bem este texto, para que não restem dúvidas sobre as consequências
dos atos dos seres humanos quando tiveram relações sexuais com os Demônios.
Esta foi sem dúvida a última gota d'água no Cálice da Iniquidade Humana, o que
gerou profunda Maldição e Juízo terrível!
Observe: Noé tinha 500
anos quando gerou seu primeiro filho, embora o texto de Gn 5.32 diga que
"Era Noé da idade de 500 anos, e gerou a Sem, Cam e Jafé". Mas não se
pode gerar três filhos em um ano, a não ser que eles sejam gêmeos, e a Bíblia
não diz isso. Portanto, alguns anos decorreram na geração destes filhos.
Sabemos que Sara amamentou Isaque até os dois ou três anos de idade, segundo o
costume da época, observado em Gn 21.8.
O
desmame era um importante rito de passagem, visto que a criança tinha
sobrevivido até então (era um tempo de difícil sobrevivência). Não deve ter
sido diferente com os filhos de Noé. Não havia papinhas industrializadas ou
mamadeiras para serem usadas com leite em latinhas...DOWNLOAD--->http://atominik.com/1wbK
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